Já alguma vez sentiste uma estranha separação do mundo? Como se não pertencesses. Um sentimento de separação de quem nos rodeia, da vida que vivemos, até de nós próprios. Acreditando que a felicidade está sempre no futuro, havendo sempre algo a alcançar. Um curso, um trabalho, um casamento, uma família, uma casa, um carro, umas férias,... e por aí vai. Ansiamos por uma conexão real, por relações mais significativas, mais conectados connosco e com o mundo. Só que, por muito que alcances, a satisfação parece momentânea, a ânsia de algo mais retorna e continuas em círculo. Como se vivesses numa roda de ratos, a correr sem sair do lugar; ou continuamente a circular a rotunda, sem nunca escolher a saída. Antes que possas dar conta, a ilusão envolta em crenças limitantes, vai aos poucos moldando o Ser que outrora foste. A criança livre e curiosa, dá lugar à segurança de uma carapaça. A espontaneidade transforma-se numa falsa identidade. E nesse processo começas a questionar-te, "Quem sou Eu?"; "Qual o meu propósito"; "O que é esta vida que tenho?"; "Que vida quero viver?"; "Porque estou continuamente insatisfeit@? Quando se fica tempo demais nesse lugar, identificado com papéis que em algum momento escolhemos desempenhar, surge a confusão. Onde sou Eu e onde sou não Eu? Quem é esse Eu afinal? Todas essas versões, são partes de ti, porém não são quem te define, e algumas delas podem já não te servir, podem ter-se tornado obsoletas, insuficientes. E assim vai crescendo um desconforto, um conflito, um grande vazio interior, e é aqui que o corpo começa a dar sinais. Aperto no peito, dificuldade em dormir, agitação, irritação, tristeza, problemas alimentares, ansiedade! A necessidade de mudar é evidente, mas não sabes por onde começar, ou não tens coragem para o fazer. Questionas se algum dia isso será possível, se existirá saída. Sim há, e acredita que não estás só neste sentir!